sábado, 2 de abril de 2011

A importância de se preservar a memória

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Foto ofical dos formandos do 3º Ano Científico (atual ensino médio)
da Escola Estadual Presidente Arthur da Costa e Silva - 1986
Entre eles, o aluno Edvaldo (atualmente professor do Monsenhor Fabrício), 
sorridente, com o certificado colado ao peito. Bons tempos!


Outro dia, num desses momentos de reflexão, lembrei-me dos bons tempos de escola, dos amigos (sobretudo dos que não tenho mais contato), das farras, da inconsequência, enfim, desse mundo efêmero que, invariavelmente, para todos, se perde no tempo. Dessa época feliz da minha vida, além das lembranças, restou-me uma foto clicada em 1986 que ilustra esse post.

Pois bem, o resultado dessa minha viagem ao passado foi uma ideia: institur a foto oficial das turmas da Escola Monsenhor Fabrício. Claro, essa é uma prática antiga e tradicional em muitas escolas pelo mundo afora, mas nas redes públicas de ensino aqui em Pernambuco, esse importante registro escapa. Dirião os críticos derrotistas, sei: “Em algumas escolas, sequer, eles tem o básico, que dirá foto oficial”. Indiferente a possibilidade de ouvir comentários como esses, levei a ideia adiante que foi prontamente aceita pela coordenação e pela direção da escola.

Na base do improviso, fizemos quase todas as fotos. Os alunos das séries iniciais, da Alfa até o quito ano, trataram o evento como uma grande e importante novidade. Já com os adolescentes do sexto ao nono ano, com idades entre onze e quinze anos, os problemas começaram a aparecer. Aquela velha frase, “adolescente é complicado”, não saía da minha cabeça. Explicamos a importância daquele registro, que anos depois eles teriam um privilégio que não é comum nas escolas públicas de Pernambuco, relembrar através das fotos, amigos, a escola, mas não adiantou. Alguns caminharam para o local da foto como se estivessem a caminho do cadafalso.

Os alunos do nono ano, os mais velhos, colocaram tantos obstáculos que resolvemos não fazer o registro. Numa breve análise da situação, facilmente, identificamos alguns indícios do porquê desse problema. Em algumas turmas pude perceber que o grupo foi contaminado por pequenos lideres que impuseram o seu pensamento de revolta contra uma atividade proposta pela escola, propagando a ideia de que a foto era “um mico”. Outros tantos não se identificam com a escola, não têm orgulho de estudar numa escola pública e não quiseram, portanto, eternizar esse período. Fora isso, tem o comportamento natural do adolescente de ser eternamente do contra.

Seja como for, fiquei, mais uma vez, triste com a falta de interesse dos alunos. Esse tipo de comportamento, aliás, inibe muitos profissionais de educação de buscar inovações. Sair do cotidiano da sala de aula, trabalhar com atividades voltadas para novas tecnologias, requer uma boa dose de paciência e perseverança para superar velhos hábitos. Muitos desistem pelo caminho.

4 comentários:

  1. Parabéns pela iniciativa e por concretiza-la. Fiquei muito feliz em ver a foto dos meus alunos. No entanto estão faltando as fotos oficiais do turno da manhã e da noite.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Oi Flávia, além das fotos da manhã e da noite, falta também a da turma de Paula (Tarde). Dos horários em que não estou na escola (Manhã e noite) o Prof. Adriano ficou responsável por tirar as fotos. Falarei com ele!

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  4. Estudei com esta turma...saudades dos amigos se tiver noticias ou mais fotos eu agradeço, sempre procuro nas redes sociais mas sem sucesso. Moro em SAMPA e gostaria muito de rever velhos amigos... Reinaldo, Marcelo Florentino, Maria Betania, Maria da Penha, Edilene Stenio Camilo dentro outros. Um abraço

    Sidnei Nunes da Silva - snunesdasilva@uol.com.br

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