sábado, 28 de maio de 2011

SATÉLITES DESCOBREM 17 PIRÂMIDES ENTERRADAS


Uma equipe de arqueólogos descobriu 17 pirâmides enterradas no Egito com a ajuda de imagens de satélites da NASA, segundo um documentário da BBC que será exibido na próxima segunda-feira. Liderada pela pesquisadora americana Sarah Parcak, da Universidade do Alabama em Birmingham, a equipe já confirmou a existência de duas das pirâmides por meio de escavações.

A BBC, que financiou a pesquisa, divulgou nesta semana as descobertas antes de ir ao ar o documentário intitulado "As Cidades perdidas do Egito", que descreve os resultados e as técnicas utilizadas. "Eu não podia acreditar na descoberta", disse Parack, citada pela BBC. "Escavar uma pirâmide é o sonho de todo arqueólogo", afirmou. A equipe de pesquisa também encontrou mais de mil tumbas e três mil câmaras, segundo o relatório.

Imagens em infravermelho captadas pelos satélites a 700 km de altura revelaram a presença das estruturas abaixo da terra. Os satélites utilizaram poderosas câmeras que podem "localizar objetos com menos de um metro de diâmetro na superfície da Terra", aponta o informe da BBC. A densidade das construções de tijolos de barro colaborou com a tecnologia, pois foi possível ver claramente o contraste sob a camada menos sólida de terra.

 Da AFP Paris (Via DP Online)

sexta-feira, 20 de maio de 2011

NTECI inicia projeto Ciber Letras para crianças e adultos em alfabetização


Aprendendo a ler e escrever com estímulo do intercâmbio e utilização da informática. Essa é a proposta do Núcleo de Tecnologia Educacional, Comunicação e Idiomas (NTECI) com os projetos Ciber Letras/EJA e Ciber Letras Kids, que inicia na próxima segunda-feira(23), nas escolas municipais. Os projetos consistem em promover intercâmbio entre professores e alunos de diferentes escolas através de correspondências interescolares via e-mail.

Entre os objetivos da proposta estão desenvolver a linguagem oral e a escrita, ambas em situação real de uso, além de contribuir para o processo de letramento das crianças e adultos pela utilização dos novos meios de comunicação, informação e criação. O Ciber Letras/EJA será desenvolvido com turmas da Educação de Jovens e Adultos dos níveis I, II e III.  Já o Ciber Letras Kids vai atender crianças da Educação Infantil com 5 e 6 anos, nas séries do Grupo VI e do 1º ano do 1º ciclo do Ensino Fundamental.

As atividades acontecem em etapas que seguem até dezembro de 2011. A primeira delas aconteceu em abril, com a formação dos professores envolvidos no projeto. A segunda começa dia 23 deste mês, com a primeira troca de mensagens, inicialmente, entre seis turmas. Em junho serão inseridas mais seis turmas para, então, acontecer um encontro avaliativo com os professores, marcado para julho.   No segundo semestre, o projeto continua com inserção de novas turmas e avaliação geral, realizando socialização da experiência com todas as turmas envolvidas.

Participam da primeira etapa as escolas Escola Isaac Pereira, Escola Monsenhor Fabrício, CAIC – Norma Coelho e Escola Coronel José Domingos. Em dias marcados, as unidades de ensino recebem a visita e acompanhamento da equipe técnica do Núcleo, composta por professores especialistas em tecnologia na Educação.

No dia 23, o trabalho começa com os alunos das escolas Isaac Pereira e Coronel José Domingos, que vão formular, digitar e enviar a primeira mensagem do intercâmbio. A mensagem é uma construção coletiva de uma carta com local, data, saudação, corpo, despedida e a assinatura da turma. Dia 25, estudantes da escola Monsenhor Fabrício irão acessar a mensagem. Os professores estarão auxiliando na leitura do texto e na produção da resposta. O Ciber Letras tem seus fundamentos baseados na proposta da associação francesa Miniweb Multilíngue e Maxiaprendizagem, para inclusão digital de crianças em escolas municipais de ensino fundamental.

CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO (Visitas):

Dia 23/05 – Envio da primeira mensagem
Manhã – Escola Isaac Pereira (Grupo VI)
Noite – Escola Coronel José Domingos (EJA)
Dia 25/05 – Recebimento da 1ª mensagem
Manhã – Escola Monsenhor Fabrício (Grupo VI)
Noite – Escola Monsenhor Fabrício (EJA)
Dia 27/05 – Envio da primeira mensagem
Manhã – escola Isaac Pereira (1º ano do1º ciclo)
Dia 31/05 – Escola – Recebimento da primeira mensagem
Manhã – Escola CAIC – Norma Coelho (1º ano do 1º ciclo)


Fonte: Prefeitura de |Olinda

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Aula-espetáculo de Antonio Nóbrega

O erudito e o popular, o feminino e o masculino, o conceito e a emoção caminham juntos em Mátria: Uma Outra Linha de Tempo Cultural, aula-espetáculo do músico e dançarino Antonio Nóbrega. O evento faz parte do Rumos Educação, Cultura e Arte e será apresentado em várias cidades do país, como parte de divulgação do novo edital do programa.

No dia 3 de maio, a parada é o Teatro Álvaro de Carvalho, em Florianópolis, Santa Catarina, às 20h. Nóbrega traz, por um lado, considerações sobre duas linhas culturais: a brasileira de extração popular e a europeia; por outro, apresenta peças do samba, da tradição oral e da música clássica. Um dos focos do artista é o equilíbrio entre o que seria o tipo de pensamento masculino - o discurso, o conceito - e o que seria o feminino - a sensibilidade, a emoção.

Segundo o artista, "o sistema em que vivemos é de tessitura masculina, daí a necessidade de levarmos em conta outra linha de tempo cultural, onde valores femininos são mais operantes - para incorporar o melhor das duas tradições".

Caravana Rumos Educação, Cultura e Arte

Aula-espetáculo com Antonio Nóbrega

Classificação indicativa: 16 anos

entrada franca

quinta 19 de maio, 20h

Teatro Apolo (282 lugares)

Rua do Apolo, 121 - Bairro do Recife - Recife - Pernambuco

ingressos distribuídos com meia hora de antecedência

terça-feira, 3 de maio de 2011

A ESCOLA TRADICIONAL E OS “EFENÓLOGOS”

Por: Edvaldo Cavalcante - Lembro-me como se fosse hoje, tinha um garoto na minha sala (uma turma de sétima série) que era o que chamávamos de “crânio”. Tirava notas estratosféricas, era o primeiro da turma, sempre invejado. O que me intrigava era que, numa conversa informal, ele parecia ser bem menos instruido do que as suas notas indicavam. Alguns anos depois encontrei com ele trabalhando em um mercadinho como embalador. Perguntei: E a faculdade, conseguiu?” Ele, com tom de melancolia, disse: Que nada, não passei. Agora trabalhando aqui não dá pra estudar”.


Fiquei um bom tempo sem entender porque o cara que tirava notas altas não havia seguido adiante nos estudos. Anos depois, numa aula de didática com a querida professora Hajnalka (acho que é assim que se escreve esse nome húngaro), aprendi que a escola tradicional criava falsos heróis. Vários alunos, exímios em decorar questionários, tinham fama de superdotados, de crânios. Fora da escola, quando eram postos a teste na vida real, sem o auxílio dos questionários, quase sempre fracassavam. Muitos deles sequer entendiam o porquê de terem passado de super alunos para mero coadjuvantes.

 
Nunca fui um aluno brilhante, tirava notas medianas, na área de exata minhas notas eram sofríveis. Mas sempre tive a compensação de me esforçar para estar bem informado e atualizado. Fazia parte de um grupo de adolescentes que, mesmo tirando notas medianas ou abaixo da média, discutia sobre política, música de qualidade, poesia. Enquanto os outros apenas assistiam aos filmes, nós assistíamos, discutíamos sobre a direção, roteiros, atores. Os decorebas não sabiam dessas coisas, afinal, após os filmes não tinha questionários para eles decorarem.


Os falsos instruídos eram como o Efenólogo”. Explico: diz uma fábula que existia um homem inteligentíssimo e muito instruído, sabia muito. Falava sobre florestas, sobre a França, sobre o fogo, sobre Francisco Ferdinando, entendia sobre fokstrot, fauna, feijão, fumo, fazendas, falsidade, fábricas... Um dia perguntaram-lhe: "Quem foi Arquimedes?". Ele pensou e não respondeu. Todos estranharam, o sabichão não sabia. Sua “erudição” era segmentada. Ele havia cumprido pena por assalto, passou dez anos na prisão. Tinha como companheiro de cela, um homem que guardava consigo uma enciclopédia. O tal homem ganhou liberdade e acabou esquecendo os volumes da enciclopédia referentes a letra “F”. Ele decorou tudo e virou um “efenólogo”, um especialista em assuntos da letra efe.


Os decoradores de questionário da minha época de escola eram todos efenólogos, tinham habilidades parciais, não estavam preparados para a vida. Esse universo anti-holístico produziu imensas distorções na escola tradicional e fez a tristeza de muita gente. É por isso que sempre digo: informação é poder.