No contexto da designada sociedade de informação, é cada vez mais pertinente que o sistema de ensino, quer na sua organização curricular, quer nas suas dinâmicas de trabalho, promova o acesso ao conhecimento através do recurso às novas TIC. Com efeito, para além de tal permitir aos elementos do processo educativo aceder a uma riqueza inesgotável de informação, o ciberespaço traz inúmeras vantagens em termos da democratização do ensino, fomentando a criação do que Habermas, filósofo e sociólogo alemão, designa por comunidades dialógicas. Através da sua interactividade e instantaneidade, o ciberespaço permite que alunos e professorem partilhem e discutam ideias e pontos de vista, numa espécie de polis grega que apenas dela se distingue pela sua imaterialidade. A utilização das novas TIC não se trata assim de mais um recurso pedagógico, bem pelo contrário, abre portas a objectivos educativos dantes impensáveis e extremamente louváveis no âmbito do que Morin considera serem os pilares da educação do futuro: autonomização do processo de aprendizagem; optimização das competências de argumentação dos alunos; criação de comunidades de aprendizagem; desenvolvimento do espírito crítico dos educandos. Quanto a este último ponto, o papel do professor é crucial e bem diferente do tradicional; já não se lhe pede que seja um mero transmissor de conteúdos fixos e imutáveis, mas essencialmente um mediador, devendo fomentar nos alunos a capacidade crítica para seleccionarem e pensarem sobre os recursos que encontram na Internet.
Dadas as inegáveis potencialidades educativas da Internet, temos assistido à emergência de modelos de ensino-aprendizagem que delas tiram partido, tais como o e-learning e o b-learning. O termo e-learning é utilizado para designar um modelo de ensino/aprendizagem à distância, através da Internet, permitindo uma comunicação mais rápida entre alunos e professores, assim como evita perdas de tempo em deslocações que podem ser aproveitadas para rentabilizar o estudo e seu acompanhamento; por outro lado, torna-se um instrumento essencial de combate à “infoexclusão”, permitindo que alunos mais velhos e de meios rurais tenham acesso ao conhecimento, essencial na democratização do saber.
Geralmente, utiliza-se uma combinação entre o ensino-aprendizagem através da Internet com sessões presenciais intermédias, as quais são fulcrais sobretudo em cursos que implicam uma forte componente prática; esse sistema que inclui sessões presenciais e on line ; este sistema misto designa-se por blended learning ou b-learning.
Tanto o e-learning, como o b-learning são cada vez mais usados na aprendizagem colaborativa através da Internet (c-learning), a qual fomenta a partilha entre professores-alunos e alunos-alunos, permitindo, por exemplo, a realização de projectos muito interessantes que contam com o intercâmbio entre escolas portuguesas e mesmo escolas nacionais e estrangeiras.
Fonte: http://eduexcepcional.wordpress.com/
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